sábado, 19 de abril de 2008

Mostra folclórica marca o encontro das culturas capixabas

Misture um pouco de povo capixaba com folclore e acrescente uma pitada de energia e descontração, o resultado dessa mistura é um verdadeiro Balaio Cultural. O Balaio, mostra de folclore capixaba, realizada no Museu da Vale, em Vila Velha, no último sábado (12), apresentou as principais manifestações culturais do Espírito Santo. As tradições do Ticumbi, do Congo, da Folia de Reis, das danças alemãs, italianas, portuguesas entre outras, representaram parte da história do Estado.

Segundo a secretária estadual de Cultura, Dayse Lemos, o balaio é uma grande confraternização entre os grupos e uma oportunidade para se conhecerem. “São grupos que vieram de todas as regiões do Estado. Esse evento mostra a riqueza das manifestações folclóricas para que as pessoas conheçam a cultura capixaba”, afirmou. Entre as apresentações, destaque para o congo, uma das mais importantes manifestações da cultura popular do Espírito Santo que ocorre principalmente em comemorações religiosas.

E dentre esse variado patrimônio imaterial está Dona Astrogilda Ribeiro dos Santos, 75 anos. Ela é mestre e rainha da Banda de Congo São Benedito da Vila de Riacho, em Aracruz, e há 57 anos participa do ritmo típico das regiões litorâneas. Para ela, a tradição do congo deve ser passada de geração para geração. “O congo não pode morrer. É uma honra para mim vir aqui apresentar um pouco da minha cultura. Não posso deixar de passar essa alegria para os outros. A energia é tão forte que me considero uma menina de 15 anos”, comentou.

A continuidade da tradição das danças italianas está garantida com os jovens da cidade de Castelo, que participam da companhia “Radici Città Di Torino”, que quer dizer “raízes da cidade de Turin”, na Itália. No mundo só existem três grupos de dança: a sede, na cidade de Turin, em Buenos Aires e no Brasil. Os adolescentes, que já se apresentaram em terras italianas, dizem que participar da companhia é uma oportunidade de conhecer o passado de suas famílias. Para Raphael da Silva, 20, essas apresentações, com trajes típicos do século XVIII, são uma oportunidade de mostrar os costumes de seus antepassados. “Nossas danças contam um pouco da história dos italianos. Participar de encontros como esse é valioso porque conhecemos outras culturas”, acrescentou Silva.

Um comentário:

Unknown disse...

Excelente texto Dí. Realmente transmiti, para quem não foi ao evento, o que aconteceu por lá.
O Capixaba precisa valorizar mais as coisas daqui, ser barrista mesmo. Não deixar cultura de outros estados ser superior a que temos por aqui. E digo isso em todos os sentidos, cultural, esporte, musical....Se valorize! Seja barrista!!