segunda-feira, 14 de julho de 2008

É o fim. Quem disse?

Afirmar que os jornais impressos estão mortos é um exagero. Há uma especulação, assim como aconteceu na época do surgimento da televisão, quando acreditavam que seria o fim do rádio. E isso não vingou, porque as rádios continuam a todo vapor. O fato é que, com o surgimento de novas mídias, como a internet, existe uma necessidade de mudanças e adequações no jornalismo. Essas transformações são constantes, seja na forma ou no conteúdo.

Estratégias de integração do impresso com a versão on-line têm ganhado importância no cenário da comunicação. Fazer uso dos recursos multimídias e a participação do leitor na construção da informação pode ser uma saída para a manutenção da versão em papel. Mas, a preocupação vai além.

Os novos modelos de jornais ainda não são claros. Por mais que os cidadãos estejam envolvidos diretamente com o conteúdo, julgando ou fornecendo o mesmo, os jornais precisam apostar na profundidade e qualidade dos assuntos. É de extrema necessidade pensar em inovações e aproveitar as novidades tecnológicas, fazendo uso das mesmas para apuração dos fatos.

O bom jornalismo quem faz são os bons jornalistas. Parece redundante, mas são eles que precisam ir a campo para apurar as notícias e produzirem boas matérias. A internet oferece comodidade e agilidade no processo de lançar a informação. Entretanto, a análise e o texto mais aprofundado ficam por conta do impresso.

É bom lembrar que o prazer de folhear um periódico pela manhã, ter o contato com o papel, isso mesmo, manuseá-lo faz parte da nossa cultura. Além disso, receber as informações muito mastigadas não nos faz pensar e nem deixam nosso cérebro funcionar. Talvez, por isso, precisamos de um conteúdo com menos assuntos e mais analítico, focado na qualidade, sem superficialismo e muito menos sensacionalismo.

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