Na região as profissões de pescador e motorista são passadas de geração a geração
No ônibus a caminho para Itapemirim conheci o motorista Geraldo Almeida. A condução é numa dessas linhas interestaduais que cortam a cidade e vai em direção a outros lugarejos do litoral. Durante o trajeto vamos conversando sobre a cidade e o motorista me expôs um pouco de sua vida.
Almeida nasceu em Itapemirim e hoje mora
Em Itapemirim, a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo foi construída por escravos no século XIX
O que chamou a atenção foi a hospitalidade e a generosidade que esteve presente nas pessoas das quais eu convivi naquele final de semana.
Desci na praça histórica em frente à Igreja de Nossa Senhora do Amparo, construída por escravos comandados pelo missionário Casanova e inaugurada em 1855. Como estava fechada, segui passando pelas exuberantes palmeiras imperiais em direção ao Rio Itapemirim.
"Meu pai ensinou o valor da pescaria. É com ela que estou construindo minha família e apesar das dificuldades, pretendo, também, ensinar o ofício aos meus filhos"
E foi lá na beira do Rio que dá nome ao município que encontrei o pescador Adelson da Silva, 53 anos, um senhor de feições físicas calejadas pelo sol e pela maresia. Silva estava tranquilamente remendando uma rede com o filho Weder Marvila da Silva, 25, às margens daquelas águas de cor barrenta.
Os dois disseram que vivem da pesca. O pai afirmou que já foi do norte ao sul do Brasil pescando. Para ele a pesca é tudo. “Foi através dela que consegui criar meus filhos e construir o que tenho hoje para viver”, garantiu.
Weder aprendeu com o pai o valor da pescaria
Já o filho jurou que o que aprendeu com o pai pretende continuar passando adiante. “Meu pai ensinou o valor da pescaria. É com ela que estou construindo minha família e apesar das dificuldades, pretendo, também, ensinar o ofício aos meus filhos”, destacou.
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