domingo, 13 de julho de 2008

Grande Reportagem (GR) - Marataízes

Há tempos sonhava em fotografar e escrever uma reportagem sobre a cidade que foi referência durante toda minha infância e adolescência. Marataízes é conhecida como a “Pérola Sul Capixaba” para o Espírito Santo e para o Brasil, mas para os cachoeirenses ela é o quintal de casa. Uma espécie de refúgio nos dias de sol e calor. Depois, de certa idade é comum os anciãos da terra do rei Roberto Carlos fazerem da cidade litorânea a residência fixa.

Foram anos curtindo as férias de julho e o verão na cidade. Morei no litorial entre os anos de 1992 e 1999. Desde 2000 volto apenas para visitar os meus pais, os velhos amigos e me refugiar dentro de casa ou à beira de uma praia, mais distante, para ler um livro.

Quando fui embora da Marataízes, a praia ainda tinha areia e eu podia dar uma corrida em algumas manhãs para contemplar o nascer do sol. A beira-mar da cidade foi ocupada de maneira desordenada. Aliás, parte da cidade foi ocupada dessa forma. Os terrenos não são bem divididos e as ruas costumam ser bem confusas. Uma hora tem rua outra hora tem moradia e assim vão construindo a cidade. Depois da emancipação em 1997, aparentemente deu uma organizada. Mas as condições de transporte coletivo, saúde e infra-estrutura em geral são precárias.

A partir de 2003 começou a ação erosiva do mar e areia foi embora prejudicando o turismo e o comércio local. Mesmo com todas as dificuldades o lugar não deixou de crescer. É grande o número de novos habitantes. O anúncio do progresso para a região, com a descoberta de petróleo, tem atraído pessoas e gerado expectativas.

Os nativos têm um linguajar bem característico. São pessoas humildes e generosas.

Durante um final de semana busquei rever a cidade de uma outra maneira, não mais como uma simples turista, mas com um olhar de uma futura profissional do jornalismo. A experiência foi gratificante e produtiva.

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