domingo, 21 de fevereiro de 2010

Trocando miúdos conselhos


Hoje, um amigo me contou que está apaixonado por uma amiga e me pediu alguns conselhos... Mas quem sou eu para dar conselhos? Agora, lembrei que um dia escrevi algumas coisas para alguém por quem fui apaixonada. Tentava esconder tal sentimento bancando ser  a melhor amiga dele ao ajudá-lo com outra pessoa... A única coisa que aviso: não faça isso, jamais!

O texto era para alguém especial, mas acho que vale para qualquer um de nós:

Primeiro você precisa aprender a se amar e a se valorizar. É preciso estar seguro de si mesmo. Aprenda a lidar com situações adversas do cotidiano e busque ter iniciativas. Não seja o estúpido da linha QI em baixa.

Descubra que sentimento é esse que você tem por ela e as razões para ficar com ela... E se prepare...

Por que o simples fato de amar ou gostar de alguém não lhe dá segurança nenhuma para o futuro. Projete sua vida como gostaria que fosse, mas não fantasie e muito menos crie expectativas (quando estamos apaixonado cometemos alguns atos insanos...)

Tem um poema que diz que amar vai além de nossas próprias expectativas, porque o coração tem uma lógica conveniente com regras incompreensíveis e traiçoeiras...

Há quem diga que a principal companheira do amor é a dor. Lembra do clássico Tristão e Isolda? “Amar significa sofrer e amar absolutamente significa morrer por amor...”

Dia desses lia a coluna do Calligaris (Folha de São Paulo) e ele comentava que amar é abrir mão de suas convicções, tomar novos rumos e se preciso for torna-se tolo ou ridículo...

Lembrei, então, de Fernando Pessoa que dizia: “todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas... Mas, afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas...”

Daí, parei para pensar, por mais que eu tenha me colocado à disposição para ajudá-lo (e vou ) não acredite em todos os meus conselhos... Já percorri longos caminhos, mas o meu percurso é diferente do seu... Querendo ou não, você precisa experimentar o gosto de uma alegria ou desilusão.

Essa é a nossa vida. E como eu sempre digo, aproveite bem o seu dia, não protele isso para depois, pode ser tarde demais... Evite acumular sentimentos no peito. Platão já dizia que o “amor é uma loucura que é dádiva divina, fonte das principais benções concedidas ao homem”. E ao mesmo tempo pondera: “fixar-se nesse primeiro degrau é permanecer parado, em comparação a tudo o que uma pessoa pode vir a ser”.

Então, viva e se prepare para os obstáculos do contemporâneo: paixão, ciúme, rotina, desgaste, alegrias, tristezas... Depois, tente me responder: ainda assim é possível um amor recíproco feliz?

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